Faz tempo que queria escrever...
mas não sei o que acontecia...
talvez fosse necessário tirar umas férias...
e por mais que me esforçasse minha mente insistia em não funcionar...
estive até mesmo meio aéreo (digo, mais que o normal).
Talvez o tempo tenha condensado o sangue em minhas veias e a chuva enferrujado minhas articulações...
Talvez tenha ocorrido uma infiltração e meu coração esteja um pouco mofado...
Mas nada que água sanitária com amaciante (pra dar um cheirinho) não resolva.
Caminhei sobre as águas na direção contrária ao cais.
Distanciei-me tanto que mal podia avistar o farol...
Afastei-me das pequenas embarcações na busca tresloucada por mim mesmo...
Mesmo longe ele está ali... tão perto que não posso tocar
Apenas ondas nos permitem a comunicação
E quando posso... estou ocupado demais para lhe falar
(Para me falar)
Coisa que seja
Talvez seja melhor... não escute besteiras...
E tão perto e tão longe,
Que não me vêem,
Que não me escutam.
Esse turbilhão melancólico
Sem sentido, talvez...
Passaram-se segundos, minutos, horas, dias, meses, anos...
A Lua passou, dias atrás, no ponto mais próximo da órbita da Terra...
mas estava chovendo.
Não sei o que acontece...
mas alguma vem se modificando em mim...
espero que para melhor...
Meu coração aos poucos volta a bater...
minha respiração vai se modificando...
meu cérebro vai voltando à sua atividade normal...
Talvez seja o tempo chuvoso que anuviou meus olhos, minha boca, meu peito.
Aos poucos vou buscando aquilo que perdi (ou não) no turbilhão paranóico-multidirecional-tragi-cômico do meu pensar...
Talvez encontre comigo mesmo na esquina, espelho ou mesmo numa poça d’água...
Me diz oqe vooc fez qe voltou pra escrever? Eu preciso.
ResponderExcluirFui colocando no papel, (ou melhor, no Word)os pensamentos que vinham à mente... depois ordenei, cortei, colei... é assim que sempre faço
ResponderExcluirÀs vezes começo do final... às vezes, do meio... e por aí vai...
Obrigado por comentar!
Nada melhor que as palavras para definir a primeira pessoa do singular quando escrevemos. Parabéns pelo blog! Tento equilibrar a preguiça, a vontade e a criatividade. Mas confeço que me aceito assim, complicado demais.. Você, pelo que me parece, demonstra sutileza em seus versos-prosas, afinal para compreender a loucura dos outros somente sendo louco também.. Seja com segredos, solilóquios ou fábulas nossos blogs pessoais são mais do que um desabafo virtual, são provas vivas e resplandescentes do nosso eu-lírico. Transformamos mais do que palavras em arte, transformamos paixões e fazemos uma verdadeira fotossíntese de ditongos e hiatos... Abraços e que a sua fé te faça "Adaviar" por esse mundo imaginário mais do real...
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